
Leixões aponta para o pódio
Foi na época 88/89, já lá vão 20 anos, que o Leixões coonquistou o último título da sua história na prova maior do voleibol nacional. Tratou-se do oitavo êxito na competição, numa temporada na qual somou também a sua última vitória na Taça de Portugal, a quinta do seu longo currículo.
Desde então, sempre entre os maiores na modalidade, os matosinhenses têm andado afastados da luta pelo ceptro, que tem sido repartido pelo Sp.Espinho (o maior açambarcador), Sporting, Castêlo da Maia, Benfica e Académica de Espinho.
Esta época, um pouco surpreendentemente a formação de Matosinhos ultrapassou no play-off dos quartos-de-final o Castêlo da Maia (3º classificado na fase regular) e vai agora medir forças com o Vitória de Guimarães (ou com o Esmoriz, caso este consiga vencer os campeões nacionais na negra que se disputa hoje na Cidade Berço).
“No inicio da temporada, após dois quintos lugares nas épocas anteriores, disse aos jogadores que teriamos de fazer melhor. Sabia que não seria fácil, atendendo não só ao valor dos adversários, como às dificuldades que enfrentamos para conseguir uma equipa que nos desse algumas garantias de sucesso”, contou Mário Martins, técnico do Leixões.
Resta saber se as previsões apontavam para um triunfo no play-off sobre o Castêlo da Maia… “Previsões são… previsões. Por isso falíveis. Quando vencemos em Castêlo da Maia demos um grande passo para seguir em frente. No nosso pavilhão, o empenho dos jogadores e o apoio que nos deu o público presente em grande número, foram determinantes para levar de vencida uma boa equipa que tinha até mais aspirações do que a nossa equipa”, acrescentou o mais jovem treinador do campeonato, com 35 anos.
E agora? Do que será capaz ainda o Leixões?”Neste momento não sabemos qual será o adversário. Naturalmente, deverá ser o Vitória, mas o Esmoriz já mostrou valor para contrariar o favoritismo da equipa de Guimarãess. Vamos tentar vencer para chegar ao pódio. Queremos ir o mais longe possível, mas nunca pensamos no título.”
Se ultrapassarem o Vitória (ou o Esmoriz), tudo é possível? “Possível é. Mas temos de ter os pés bem assentes na terra e ser humildes”, sustentou o treinador.

Um exemplo a seguir
Mário Martins salienta o apoio de Carlos Maia
Mário Martins sendo um dos mais jovens técnicos nacionais, está há três temporadas à frente da equipa sénior do Leixões, depois de ter passado pelos escalões de formação. “Não posso esquecer tudo o que aprendi com o professor Carlos Maia. Foi com ele que me fiz treinador. Para mim Carlos Maia (está retirado da modalidade, depois de ter sido treinador no Leixões e do Sp.Espinho) é um exemplo que tenho seguido”, sublinhou.
O responsável pela equipa matosinhense não deixa de salientar, ainda, o contributo que lhe tem sido dado pelo adjunto, Bruno Carvalho, um ex-internacional português que no final da época passada seguiu carreira de treinador.
“Tenho o melhor adjunto do Mundo” salienta Mário Martins.
Acrescente-se que, recentemente, Vasco Rijo, um atleta que deixou de jogar e capitanear a equipa no final da temporada passada, é agora o dirigente responsável pela secção de voleibol do clube. “Foi a nossa última grande aquisição”, salientou o técnico.
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